segunda-feira, 3 de março de 2014

Amargor


Desejo uma bebida quente e amarga;
Para acompanhar noites sombrias;
Devagar em melancolias;
Tornando-se doce companhia;


Desejo uma bebida quente;
Que seja quente enquanto dure;
E que perdure em muito tempo;
Acalantando todo momento;

Desejo uma bebida amarga;
Para que possa saborear;
E da  vida degustar;
O a amargo em meu paladar;

Que seja quente e amarga;
Iguais as vidas tiranas;
Quem nem as noites insanas;
Que estou a saborear;



Clarissa

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Fogos

Nas noites de festas os sinos tocam;
evocam sons e emoções provocam;

As luzes brilham no céu;
e as lágrimas correm em cascatas de féu;

A alegria povoa a multidão;
E dentro da alma grita a escuridão;

Os barulhos das luzes a fazem tremer;
Tal qual o compasso do coração a bater;

As luzes que sobem e que ligeiro descem
Lamenta  as belezas que de tristeza padecem...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Flor Azul em Novalis

Novalis escolhe a Flor Azul
como o símbolo da transformação
alquímica do mundo. Ela é mencionada
no romance Heinrich von
Ofterdingen e é, aos olhos dos
especialistas, o símbolo por excelência
do Romantismo; provavelmente
emprestada do tratado alquímico
Pandora (1582) de Hieronymus
Reussner, no qual se encontra
uma gravura representando três
flores reunidas por uma haste
comum, plantada no ovo hermético
contendo o Ouroboro. A flor vermelha
simboliza o ouro, a flor
branca, a prata e a flor azul, a sabedoria
(flos sapientum).

sábado, 27 de novembro de 2010

A Dama no Espelho


Ela se via no espelho e parecia que não se via;
Seus olhos ressequidos de saudade;
A se ver não se via na outra metade;

Havia duas: A do Real e a do Espelho;
A do Espelho dizia: esta sou eu. Elogiando a do real;
A do Real dizia: Quem é você?. Não reconhecendo a do Espelho;

A do espelho se empompava de adornos;
A do Real não admirava, os seus contornos;

A do real não se via no espelho;
A do real via além do seu espelho;

A do Espelho, pedia pra do Real se esquecer;
Que a aparência é melhor do que conhecer e ser;

A do Real não conseguia se enxergar
Achava-se tão feia, mas não via, ao se olhar;

As duas pasmadas ao se admirar;
Ergueram e uniram as mãos;
Tentando se encontrar;

E ao sair do espelho;
Não sabia do porque do desespero ;
E começou a pensar;
De como se via, ao se olhar...

Amor Por Sofia

Sofia sabe
E por ser sábia, pensa não saber
Pois ninguém antes lhe disse
De onde vem o querer
Mas Sofia pensa
Que por sábia ser
Nada disso lhe pode fugir
E nem tudo daquilo pode ver
Sofia tem ciência
Que nem tudo é fato
Que a loucura desvenda
Se a lógica perde o tato
Mas Sofia sabe
Que tudo se supõe
E pensa saber
Que amar não sabe
E logra-se Sofia
Pois do amor não se conhece
Porém, pelo amor se perde.

Sofia não sabe amar. 

Erick Ravane
(Não podia deixar sem postar essa poesia, retirado do blog:
 http://erickravane-arteimo-liricas.blogspot.com/2010/11/amor-por-sofia.html )


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O mundo de Sofia



Pode acontecer que um belo dia fiques surpreendida e
te vejas de um modo completamente diferente. 
Talvez isso se passe precisamente num passeio pelo bosque. 
Eu sou um ser estranho, pensas tu.
Sou um animal misterioso...
Pareces acordar de um sono de muitos anos como a Bela Adormecida. 
Quem soueu? - perguntas.
Sabes que estás num planeta do universo. 
Mas o que é o universo?
Se te descobrires desta maneira, descobriste algo tão misterioso.
Não só descobriste um extraterrestre, mas sentes
interiormente que tu própria és um ser desses.
Ainda me estás a seguir, Sofia? 

A maior parte dos adultos vê o mundo como 
qualquer coisa completamentenormal.
Os filósofos constituem uma exceção notável.
Um filósofo nunca se conseguiu habituar completamente ao mundo. 
Para um filósofo ou para uma filósofa o mundo é ainda
incompreensível, inclusivamente enigmático e misterioso. 
Os filósofos e as crianças pequenas possuem uma importante qualidade em comum.
Podes dizer que um filósofo permanece durante toda a sua vida tão capaz de se
surpreender como uma criança pequena.
E agora tens que te decidir, cara Sofia:
és uma criança que ainda não se habituou ao mundo? 
Ou és uma filósofa que pode jurar que isso nunca lhe acontecerá?
Se simplesmente abanas a cabeça e não te sentes nem como criança nem como
filósofa, é porque te acostumaste tão bem ao mundo que este já não te surpreende.
Nessecaso, o perigo está eminente.
Não quero que tu pertenças à categoria dos apáticos e dos indiferentes. 
Quero que vivas a tua vida de modo consciente.

Trecho retirado de O Mundo de Sofia
Jostein Gaarder

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Casulo de Vidro



Queria por momentos me esconder  nos casulos frágeis da dura existência;
Conhecer o que não entendo , da minha própria consciência;

Queria em tão descobrir nos labirintos das minhas entranhas;
Que é doce a vida estranha e amarga a porta aberta;
Onde se carrega tudo o que não pode ser levado...
E a posse do possuidor deixa vazio o que era pra ser tragado...

A porta de vidro é frágil, quem há bate mais a quebrada;
E quem destrói carrega, o que queria levar...

A porta de vidro é frágil, quem fica perto dela enxerga;
O que no interior dela, tem a se passar...

A porta de vidro é frágil, que não se dá conta dela;
Porque nos olhos beleza não tivera, quando se  passou por ela...

A.C.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Amizade em Aristóteles

Fazendo um trabalho de pesquisa encontrei no livro o poder da Linguaguem, A rte Retorica de Aristoteles pagina 105, um trecho retirado da Ética em Nicômo na qual nos diz:

Compreende-se por Amizade "a vontade de querer para alguém o que se pensa que é bom, não em interesse proprio, mas pelo do outro. É-se Amigo daquele que nos ama e que nós amamos em retorno" (1380b-1381a 1). Suposto o dito acima, afirma se que

"necessariamente é nosso amigo aqulele que se alegra com nossos bens e se intristece com nossas penas. São, pois, nossos amigos aqueles que têm por boas ou más as mesmas coisas que nós e por amigos e inimigos as mesmas pessoas" (1391a3-10).

Isso sim é o pressuposto da verdadeira amizade!

domingo, 8 de agosto de 2010

Tempo Meu


O tempo que Deus me deu;
Parecia bem menos que eu recebi;
Cabia-se numa espera constantes 
Que os tic-tacs não soam, de um voz recitante
O nervoso badalar do pêndulo,
Não prendia o tempo n'alma;
E a reviravolta dos tic-tacs almas;
Revigorava lentamente os tic-tacs  pêndulos ;
E o relógio pendular do vaivém;
Deu a alma o seu aquém pra além;

An.conf.

Tapa do vento

No frio cálido do seu coração
Perdia-se a emoção
Enevoado o ser dizia
Que não sabia a qual se perderia
Ao ver-se em tela, grades e redomas
A liberdade vendia-se a tona
Doava-se ao ver tantos espaços
Que mal sabia do seu coração em pedaços
Do porque não se perdia

An.conf .

sábado, 31 de julho de 2010

A importância dos Sentimentos para a existência


Certo dia parei pra pensar o que dá importância da vida, certamente também você já parou pra pensar isso?!
Pois bem, antes de ler todas as linhas, pense o que dá sentido a vida pra você...?
Ao certo pensamos e acreditamos veementemente que o centro da nossa vida é alma, com certeza, não tiro essa razão.
Mas o que faz dar “sentido” a vida do outro, posto que você só tem uma alma, e a alma do outro não é sua, então pra você o que dá existência e significância a vida do outro?!
Com esse pensamentos me ocorreu que só os sentimentos dá importância a vida. Falo dos sentimentos da emoção, da percepção, do conhecimento , todo e  qualquer  Sentir.
Talvez você não entendeu o que quis dizer com isso, mas tentarei me explicar melhor.
Primeiramente pergunto, o que você ama?, o que você odeia?, o que você admira ?, o que você precisa?, o que você almeja?, tudo isso da significância de vida para você? Acredito até que os objetos podem ter “vida” para você. Como assim?!
Pergunto agora, você já chorou por algum objeto querido, ou já ficou com raiva de alguém, porque este quebrou seu querido objeto?! Pois bem, esse sentimento que você tem por aquele objeto faz com que você dê vida a ele, assim, ele será importante pra você e este terá um significado pra você.
Novamente pergunto agora, quando você vê aquele mendigo que senta ao chão nas ruas e pede trocados e mal você olha pra ele e às vezes você passa como se ele não estivesse ali, será que com essa indiferença de sentimentos, de mal percebê-lo você dá “vida” a ele?! Acredito que não. Pois embora ele exista, pra você é como se ele não existisse.
Agora pense que você está em um ônibus cheio, você já ao certo sentou ao lado de alguém que não conhecia e mal você olhou pra cara da criatura ao lado e quando está pessoa chega ao seu destino e sai de perto de você e deixa o ônibus, você não sentiu a menor “falta” dela, alias, você sente até um certo alívio porque ficou com  mais espaço na cadeira. Talvez essa certa ausência sentimentos que você teve para com a criatura ao lado fez você não ver a existência daquela pessoa, porque faltou o sentimento sensorial de percepção, apesar do espaço físico que ela ocupou. Então essa indiferença faz você não notar a existência dela.
Bom, mas ao certo você deve estar pensando o que eu quero chegar com isso, na verdade  eu só quero argumentar sobre os Sentimentos e quão importantes eles são, este que dão sentindo e significação as coisas e a vida.

Outra coisa que eu quero apontar aqui, sabemos que só o ser humano é uma animal racional, aí me pus a pensar, se os sentimentos eram só dos “racionais” bem acredito eu que não, porque?! Estive a pensar será que os animais não tem sentimentos?! Bom se você já teve algum animal de estimação você dirá que sim. Aquele animalzinho que SENTE sua presença quando você chega, que SENTE sua ausência quando você não está por perto, o que seria isso então, se fosse o  sentimento que faz com que você exista pra ele?!
Outra coisa  que me fez pensar, em um mundo tão tecnológico e virtual, quem nunca fez  amizade com alguém com que você nunca manteve nenhum tipo de contato físico visual, mas que as letras digitadas fez você sentir a existência do outro.
Um exemplo pus me a pensar se tivesse um contato virtual com uma pessoa que eu nunca tivesse visto a foto, e que nunca tivesse conhecido pessoalmente, mas que se eu começasse a conversa com essa pessoal  virtualmente, certamente, embora eu não a visse e não a enxergasse e mesmo que eu não provasse a existência daquela pessoa eu estaria “dando Vida” a ela pois estaria a nutrir um sentimento, seja este de amizade de curiosidade e por aí vai...
Assim como eu falei de pessoas que eu nunca vi, nunca escutei, mas já falei ou seja teclei e dei algum sentimento pra ela fazer parte de existência pra mim. Assim falo das coisas abstratas que possa ter vida e existência para gente.
Pela minha religiosidade e minha crença fiel e leal a Deus me perguntaram uma vez, como eu podia crer no ente que não “existia”, que ninguém podia ver, ninguém pode falar, ou escutar. Aí respondi, só se for pra você! Pois, eu falo com Deus e vejo no fundo meu coração.
Embora eu não possa “ver” “escutar”, pra mim ele existe pois tenho esse sentimento por ele, esse sentimento faz com que eu tenha certeza da sua existência, pois, como poderia amar, algo que não existe?!
Pois bem todo e qualquer sentimento faz com que você, dê existência a algo, a alguma coisa, seja esse sentimento de amor, de ódio de carinho de desprezo, tudo que é sentimento dá existência e o pior das coisas é não ter sentimento.
Acredito assim que a Alma é um poço de sentimento, que faz de você ser o que é, então quanto mais você ama, mais sua alma é plena e realizada, pois o sentimento de amor que habita a sua alma, faz com que esta seja doce e afável e conseqüentemente refletira em seu corpo e em suas ações, assim também falo quando você tem muito sentimento de rancor  e ódio a sua alma se torna um poço de seus sentimentos refletindo em seu corpo e em suas ações. E lembre-se que quando você é indiferente com alguém você não dará “existência” aquela pessoa.
Por isso tire todos os maus sentimentos da sua alma e lance fora de você.
E viva os bons sentimentos!!!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A Última Valsa


Há tantas palavras, que não sei te dizer;
Há tantos versos, que não sei escrever;
Há tantos ditos, não ditos;
Pensamentos distorcidos,
Aflitos, Talvez?!
Escritos na hora;
No momento;
Sem vez;
Sem voz;
Sem gesto;
Protesto;
Manifesto;
Recordo;
Imploro;
Gritando, me calo;
Falando, não falo;
Dizendo;
Me fecho;
Aos olhos contesto;
Abraços, sem gestos;
Adeuses despeços...

A.C

Há Mar


O Amor é como um naufrago em alto -mar,
Que procura o seu mais seguro porto;
Quando desembarca em sua cidadela ,
Sente-se seguro e amparado;
E o solo firme, faz vê-lo  céu estrelado;
No aconchego dos seus sonhos;
Vê estrelas mais brilhantes;
Que ofuscam seus olhos por instantes;
E o vento calmo e destemido;
Faz sua pele arrepiar em suspiro;
E na doçura desta brisa, que bate em seu rosto,
Ele quase acredita, que não há mar impetuoso.
A.C.


domingo, 23 de maio de 2010

Bailando no Tempo

Perdida no tempo, não sei pra onde andar;
Disparos para os lados, não sei meu caminhar;
Viajo nos meus sonhos e não sei como viver;
Reflito um pouquinho pra eu não me perder;
Caminho em silêncio ao longo do canal;
Minha lei é o destino e o poder é surreal;
Dançando nessa vida, é uma forma de esquecer;
Que nem tudo o que se quer, você pode viver;
E assim é que se anda, com os passos para frente;
Bailando no compasso dessa trilha diferente;
Então o que faço, quando não há nada  pra fazer;
Escrevo estas frases e continuo a reviver;
Fazendo –a em melodia como forma de canção
Guardo toda essa história dentro do meu coração;
  A.C.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Auto-Definição

E com uma grande dose de sinceridade;
Falo muito as ‘minhas verdades’;
E com grande dose de consciência;
Desculpo-me com freqüência;
E com grande dose de razão;
Trato a todos em mesma questão;
E com grande dose de desconfiança;
Não converso e nem dou confiança;
E com grande dose de altivez;
Sorrio sempre, a problema sem vez;
E nunca querendo fazer julgamento;
Não te acuso e nem faço lamento;
E com grande dose de distanciamento;
Pra amizade não dou alimento;
E com grande dose de não querer ver tristes;
Faço graças alegres e persistes;
E sendo sempre carinhosa;
Falo às vezes me fazendo dengosa;
E como forma de criticar;
Repito o que fazes sem ao menos falar;
E como não querendo ser rude;
Uso a indiferença e com amiúde;
Com grande dose de não querer me rebaixar;
Não respondo a ofensas, pra seu nível não igualar;
E com grande dose de ser impessoal;
Não peças amizade a tal;
E com grande dose de ser brincalhona;
Tiro brincadeiras sem cerimônia;
E querendo ser sempre meio filosófica;
Questiono muito e nunca dou resposta;
E com grande dose de distração;
Minhas coisas se aparam no chão;
E querendo sempre ter imaginação;
Peço ao meu eu - lírico buscar minha inspiração;
E como alta dose de não definição;
Não te digo a mais do que está em menção;
E como tudo não se acaba em letras;
Termina agora as palavras: ‘Imperfeita’...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A Rosa Amarela

No céu de primavera surgiu uma flor tão bela;
Das rosas não visadas, figurava a flor quimera;
E a rosa desfigurada em pétalas se desmanchava;
E das grandes pequenas rosas;
Pendeu-se a rosa amarela;
E nos jardim das grandes rosas;
Nada tinha a flor mais bela;
Revivendo da estiagem, corou a flor amarela;
E no sol que se banhava reluziu de cor mais bela;
Destacava em sua tez a pequena rosa amarela; A.C.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Conversa ao Luar


E as nuvens surgindo em cor de  prata;
Vai se formando em cascatas;
Na noite clara de luar;

E a vela que se firma na melodia;
Vai se formar em magia;
No meu eu a consternar;

E eu pensando agora comigo;
Do meu amor escondido;
Que eu estou a esperar...



segunda-feira, 22 de março de 2010

Conto a um desconhecido


Andando pelas ruas, um desconhecido a parou;
E disse para ela o que foi que lhe encantou;
Que seu jeito faceira de mistério e sedução;
Fei-lo segui-la, feito um espião;

Então, ela assustada,logo perguntou;

-Porque me seguiste tanto tempo?!E o que queres, acrescentou;

Ele não exitou e com estas palavras respondeu;

-Pareces, feita para um livro de mistério e ficção;
Caminhas estramente com graça e perfeição;
E os seus olhos me prederam rumo em sua direção;

-Nos teus olhos tem magia, mistura perfeita de tristeza e alegria;
Que olhando para eles me invade e contagia;
Foram eles que me fizeram, te seguir até aqui;
Como se nele houvesse, um algo a se descobrir;

E falou-lhe muitas coisas , que não saberia descrever;
Pois ficaram vagamente na lembrança , a se esquecer;
Mas tudo o que lhe falava cada vez a mais prendia;
De como um desconhecido,tanto dela assim sabia;

E como parecia saber muito sobre ela;
Ele logo replicou,
que seu jeito desconfiado;
Era um tanto encantador;

Ela então desconcertada, do que estava se passando;
ficou um pouco aflita, se esquivou e foi falando;

-Compromissos me esperam, não posso ficar aqui;
Já e tarde, tá na hora, adeus tenho que ir;

E como percebeu que ela era muito distante;
Não queria dar adeus, pois tinha ainda um instante;

E como que se despedisse, ele então assim disse;

-Valeu apena ter te seguido, Foi tão bom te conhecer;
E mesmo que não acredite, eu não vou te esquecer;
Espero que acredite que você é especial;
E que pessoas que nem você, não existe como igual;

E terminando essas palavras, ele logo se voltou;
Percorrendo o mesmo trajeto, que antes assim traçou;

E cada um seguiram caminhos a se fazer;
Em percursos contrários na hora do oacaso;
ao sol a se esconder;

E tinha nesse cenário:

A frente de uma casa abandonada;
Uma árvore sobre a calçada;
Em uma rua movimentada;

E o belo desconhecido, nunca mais foi esquecido;
E continuou a ser lembrado do seu gesto temporário,
que nunca dantes fora visto.

A.M.
(Uma história Real)

Rua Floriano Peixoto/ cidade Alta, Natal/RN

sexta-feira, 5 de março de 2010

AmarEle

Quando dizem Amareloémedo
Penso comigo AmarEleésegredo;

Tu me perguntas, se de Amarelo estou
Eu te respondo de Amarele,eu vou;

Mas tu afirmas que AmarElei
Pois te confirmo que Amar-Ele-êi;

Se não entendes nada que falei
Acredite apenas que AmarElo eu sei

Entulho

No fundo do vale das pedras
Não há mais espaços para pedras ficarem;


No fundo do vale das pedras
Não há esperança pra pedras rolarem;


No fundo do vale das pedras
Sentia-se uma mão para pedras arrancarem;


No fundo do valer das pedras
Surgiram grandes pedras para outras quebrarem...
A.C.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Especialmente pra você


Fiz uma poesia pra você;
Quero apenas te tornar especial;
Gentilmente quero te falar;
Que abra seu coração pra poder me escutar;
Sei que você precisa dessas linhas, pra se sentir bem;
E do outro desta folha, tem alguém que escreve além;
Além da sua vida, estou a te dizer;
Que você é unicamente e especialmente este ser;
A vida é passageira pra você se importar;
E estou aqui pra te dizer que vou te amar...

M.A'

Olhos de menino de rua

E era assim...
Eu via pelos teus olhos;

E pelos teus olhos, eu também me via;
E me sentia meio que complacente;

Mas os teus olhos, um pouco sem brilho;
Olhavam
a janela dos automóveis luxuosos, e dentre deles;
Via crianças que nem você, só que um pouco mais diferente;
Com cabelos arrumadinhos, cheirosos e limpinhos;

Da mesma forma que tu os via, eu via você e via também eles;
E me sentia um pouco desconexa;
E começava a refletir o que passava em teu coração;
Talvez de certo perguntavas:
-Que fiz eu pra estar aqui?!
-Na certa sou tão insignificante, que era bem melhor se nunca me questionasse;

E eu ti via percorrendo entre o carro prata, pedindo trocados;
E também eu cá me questionava:
Pobre menino de rua o que vais ser?!
Que instruções e que sina a vida te prepara?!
Onde está a tua família criança?!

E enquanto me moía de indagações, abriu o semáforo;
E eu cá sem ser notada, a minha condução, me conduzia;
Enquanto o carro prata reluzia;
E tu voltavas à calçada a sentar.



Dedicado uma desconhecida criança de rua, que passa despercebidamente por muitas pessoas, mas, que um olhar longuinquo e não observado figurou um pouco de uma das situações cotidianas, tidas como normais.


A.C.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Discurso de si

- Não se vá tempo perdido,

Não me dilacere tanto assim,

Não posso paz revolver;

O que posso eu fazer?

Lamentar será a sina?!

Minha alma abomina

Não passa mais tempo,

Fica, moe, tritura e corroe

Reclamar é o que faço?!


- Não podes desse jeito caminhar, querida!

Que lamúria não é teu consolo;

Pobre mulher;

Pobre menina;

Sois tu tão pequenina;

Tua pequinês te faz altiva

Oh menina porque lamenta?!


- Minha alma é minha dor;

Ela quem saberá te dizer;

Não fui tão comum;

Quem me dera, fosse ser;

Sofro por ser diferente;

Diferente de muita gente;


­- ­Ohhh pobre mulher!

Ohhh pobre menina!

Se eu tivesse poderes mágicos;

Faria você feliz

Ohh pobre mulher

Ohhh pobre menina

Talvez lamentar seja mesmo a tua sina


-Não, mas eu não quero continuar assim,

Que faço eu?!


- Não lamentes querida mulher;

Querida menina;

Seja forte como a rocha

Seja forte como água

Seja forte como vento

Erga sua cabeça, e não se entristeça mais...

Ohh pobre mulher

Ohh pobre menina....


M.A'